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Ayrton Senna
Quem é fã de Ayrton Senna sabe: é raro encontrar hoje material exclusivo sobre a vida e a carreira do tricampeão brasileiro que já não tenha sido exposto exaustivamente em programas de TV, livros ou na internet.
E conseguir resgatar imagens nunca antes vistas pelo grande público é justamente o mérito do documentário “Senna”, como a Carro Online pôde conferir na pré-estreia do primeiro filme sobre o piloto, que chega a 120 salas de cinema do Brasil em 12 de novembro.
“Com a ajuda da Viviane [Senna, irmão do tricampeão], nós tivemos acesso ao arquivo do Bernie Ecclestone [presidente da Formula One Management, empresa que detém os direitos comerciais da F1]. Além disso, fizemos uma extensa pesquisa em países como Japão, Itália e França, além do próprio Brasil”, revela Asif Kapadia, diretor do longa que foi produzido em parceria pela Universal Pictures e a Working Title e contou com a aprovação e auxílio da família Senna.
“Senna” é capaz de explicar à nova geração que não conheceu Ayrton quem foi o tricampeão e agradar até mesmo fãs que já “devoraram” documentários e livros sobre a vida do piloto com cenas inéditas que mostram desde momentos do piloto com Adriane Galisteu (sua última namorada) em Mônaco até uma discussão entre Senna e Jean-Marie Balestre, ex-presidente da então FISA (Federação Internacional do Esporte do Automóvel, que fazia o papel exercido hoje pela FIA, a Federação Internacional do Automóvel) morto em 2008.
Sem sentimentalismo
Outro mérito da produção é não cair no sentimentalismo ou na “pieguice” de citar “aquelas inesquecíveis manhãs de domingo”. A produção de 1h47 retrata cronologicamente a carreira de Senna desde sua chegada à Fórmula 1, em 1984, até 1º de maio de 1994.
Nenhum dos grandes fatos da carreira de Senna passa despercebido. O primeiro teste pela Williams, a quase vitória de Tolleman em Mônaco em 1984, a primeira vitória de Lotus no autódromo do Estoril (Portugal) em 1985, a chegada à McLaren e a luta com Prost em 1988 e 1989, o desentendimento com o francês que rendeu a ida do rival de Senna para a Ferrari, a batida de 1990, o título de 1991, os anos difíceis de 1992 e 1993 e a chegada à Williams em 1994.
Realista, a produção conta quase jornalisticamente como foi o fatídico fim de semana da morte de Senna em Ímola usando imagens que já foram vistas, mas em ângulos e com sons diferentes. São os casos das batidas de Rubens Barrichello, no primeiro dia de treinos (sexta-feira), do austríaco Roland Ratzenberger, que morreu no sábado na curva Villeneuve, e do próprio Senna.
As três são mostradas sem narração e com um áudio que permite ouvir perfeitamente o som da pancada e, consequentemente, entender a gravidade de cada uma delas.
Os fatos ficam ainda mais claros com depoimentos de Reginaldo Leme, jornalista da TV Globo que acompanhou a carreira de Senna desde o início e até hoje atua nas transmissões de F1, e de Viviane Senna. Alain Prost, o grande rival, também é mostrado tanto nos momentos de tensão com Senna quanto nas brincadeiras quando ambos ainda não haviam se desentendido.
A reconciliação entre Senna e o "Professor", no final de 1993 e início de 1994, não tem grande destaque, mas fica subentendida com imagens como o aperto de mão dos dois no GP do Japão daquele ano e a descontração no pódio do GP da Austrália, última vitória da vida de Ayrton Senna.
Mais material exclusivo na gaveta
Ao fim da exibição do documentário, a pergunta era inevitável: com tantos vídeos fornecidos por Ecclestone e pela família Senna, os fãs podem esperar uma versão estendida do filme ou conteúdo extra quando o DVD for lançado? “Foi um trabalho enorme editar todo o material e selecionar o que escolhemos. Sem dúvida temos um material interessantíssimo ainda disponível, mas mostrá-lo depende de uma renegociação de contrato com Bernie Ecclestone. Mas se tivemos uma resposta boa do público, podemos sim ter isso”, revelou o diretor Asif Kapadia.
Se depender da relação entre público e Senna, Kapadia já pode preparar o conteúdo extra.
CONFIRA O TRAILER DE "SENNA":
Fonte: Carro Online